domingo, 20 de junho de 2010

Pobreza na prática


































Eu tinha planejado escrever hoje sobre um projeto de educação que trabalha conectando universitários à realidade da educação pública no Brasil, mas fui ontem mais uma vez aplicar enquetes sócio-econômicas junto a ONG Um Teto para meu País e achei importante escrever sobre isso.

As fotos são da comunidade de Padroeira, no município de Osasco. Já havia estado na região outra vez, e a sensação infelizmente continua semelhante. Quando ouvimos falar ou lemos algo sobre as linhas de pobreza ou indigência, estabelecidas por órgãos internacionais como o Banco Mundial ou o Fundo Monetário Internacional (FMI), fica bastante difícil dar significado ou compreender o que significa uma parcela - grande - da população vivendo com menos de U$1,25 por dia.
Afinal, o valor soa tão baixo que não parece possível, e assim perdemos um pouco do que essa informação poderia nos mobilizar a fazer. Mas entrando e desbravando espaços em que estes números fazem parte do cotidiano, é possível aos poucos conhecer a situação emergencial pela qual milhões de pessoas no mundo são obrigadas a enfrentar todos os dias.
Apesar do crescimento aparente do país e os diversos programas de ajuda criados para suprir algumas carências básicas da população, ainda há muito trabalho a ser feito antes que possamos concretizar o sonho do economista prêmio Nobel da Paz, Muhammad Yunus, de colocar a pobreza em um museu. Para atingir a esse objetivo, é preciso fazer mais do que apenas investimentos financeiros ou ações de desenvolvimento econômico.
Carecemos de um pensamento coletivo voltado a concretização de uma sociedade mais justa e melhor distribuída. Com certeza já possuímos as ferramentas necessárias para evitar que situações como as retratadas nas fotos sejam evitadas. O que nos falta, coletivamente, é interesse real de assumir essa responsabilidade e trabalhar por sua mudança.
Nessa hora, não dá prá ter preguiça. E quanto antes resolvermos essas questões, mais cedo poderemos celebrar festas, viagens e copas do mundo sem peso algum na consciência.







Casas construídas sob o córrego. Constante perigo e odor extremamente desagradável, todos os dias.













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